Ontem minha pequena completou 18 meses, 1 ano e meio de muita vida, puro amor, paixão arrebatadora, carinho incessante, de coração pulsante.
Eu me derreto toda com ela. Cada vez mais. Mais. Mais. É assim mesmo? Ou eu sou doente de amor?
Dia desses, em casa, o marido me pergunta (repare no amor): você não pensa em mais nada, além de filho, educação, psicologia infantil, parto, nascimento, gravidez?!?! (note um ar enfurecido, não foi um questionamento orgulhoso, não). Eu, pega de surpresa com essa crítica velada (nem tão velada assim), pensei um pouco antes de responder. Pensei no que me aflige, nas preocupações do dia-a-dia, no que avalio quando evito comer maionese, palmito e ovo fora de casa. Pensei no que gosto de assistir na TV, nos livros que tenho em casa; lembrei das conversas de corredor no trabalho, das conversas dos almoços que tenho com os amigos e cheguei à conclusão de que ele está certo, eu não penso em muita coisa além de gravidez, dos partos, do aprendizado que tive nesse tempo todo, em quantas descobertas quanto ao recém-nascido, ao pós-parto, à educação de filhos - e de meninas, em específico. Penso e reflito incessantemente sobre os reflexos das minhas atitudes sobre a Laura, do que o meu exemplo significa para ela, de como ensinar-lhe sobre caráter, moral, ética e honestidade, senão, exercendo-os. Aplicando-os. Penso muito, o dia inteiro, naquele bebê que recebi nos braços há um ano e meio, sonolenta, grogue, indefesa, pura. Questiono alguns livros sobre maternidade, e, ao mesmo tempo, tento aplicar alguns bons conceitos na minha casa, adequá-los à minha rotina com a Laura, com o Rô.
Adoro assistir programas de TV que falem sobre filhos, sobre a gravidez, o parto, as crianças, o comportamento delas e o aprendizado dos pais. Entro na internet e sou automaticamente redirecionada para as matérias sobre crianças, bebês, nascimento de filhos e de pais. Não sei explicar como funciona, se o código html está trocado ou se o pop-up está autorizado sobremaneira aqui em casa, só sei que as matérias sobre filhos brilham no meu computador, ofuscam outras notícias, abrem-se sozinhas em novas guias e, quando me dou conta, devorei páginas e páginas em que o assunto era o mesmo: filhos.
Entro nos sites de livrarias e, como passe de mágica, os livros sobre educação aumentam e diminuem na minha tela, brilham, rodopiam, abrem-se sozinhos. Me dou conta de que comprei quando o porteiro anuncia ao interfone "Mais Saraiva/Cultura/Fnac para retirar na portaria, d. Daniela".
Não esclareci ao marido, após a sua indagação, o quanto eu penso em nós dois, no nosso casamento e na nossa vida a dois, mesmo quando, aparentemente, estou apenas considerando a Laura e o seu crescimento. Penso muito nisso tudo. Sei que nos amamos muito, nos respeitamos muito, nos queremos bem e isso é fundamental em um casamento e em uma educação de sucesso, na educação de pessoas do bem, de coração bom, respeitosas e bacanas. Mas penso também em como fazer para evitar algumas brigas, certas explosões na frente da Laura, ou até longe dela, mas, no fundo, eu sei que ela percebe a cara feia do pós-guerra, ela entende o que se passa em casa, mesmo que não seja na sua frente, ao alcance dos seus olhos. A criança é tão pura e sensível, que tudo o que se passa em casa está ao alcance do seu coração, dos seus sentimentos, da sua percepção de mundo. Sorte a minha que tenho um marido carinhoso, amoroso comigo e com ela, atento, pai de primeira linha, desses que não se fabrica mais (ou de novo), parceiro, companheiro e leal. E sei que a Laura percebe essa atmosfera saudável, por isso é tão alegre, segura, feliz, entregue, sabe confiar, sabe pedir, sabe amar.
E assim, com o passar de 18 meses, cerca de 540 dias na presença da criatura mais especial deste mundo inteiro, sofri a metamorfose da maternidade, a transformação do ser e virei a mãe que eu nunca quis ser: filosófica, conhecedora de alguns assuntos relacionados, cheia de razão, por vezes prepotente (especialmente quando o pobre do marido dá a opinião dele, contrária à minha), focada e com sede de saber mais. Esse último aspecto me assusta ao mesmo passo que me causa um orgulho danado de mim mesma. Eu não saberia, jamais, que seria tão apaixonada por ela, por esta menininha de 81cm, 12kg, que chegou de mansinho na minha vida, invadiu meu coração e tomou um espaço que nunca soube existir dentro de mim. Eu sou louca por ela, eu quero fazer o melhor para ela, quero que ela seja uma pessoa de bem, madura, consciente, responsável, feliz, saudável, alegre, brilhante, que irradie bem estar, que seja agradável de se conversar e conviver. E eu penso que ela já o é. Ela é simplesmente perfeita.



Dani, em primeiro lugar, parabéns para Laura pelo 1 ano e meio de vida dela! Nada a ver o que vou falar, mas lembrei-me de quando eu frequentava o Cine Materna e que depois desta data, os bebês desta idade não são considerados mais parte do projeto. Será que quando a minha filha fizer 18 meses como a sua, ela dará conta de um cinema normal? ( acho que se isto for verdade, vou morrer de alegria!)
ResponderExcluirBem, voltando agora ao assunto- estou meio biruta de tanto corrigir prova- acho que vc não é a única que, de repente, a vida pareceu ter sido totalmente invadida pela maternidade. Acho que é por causa desta paixão que sentimos por nossas filhinhas! É inevitável! É uma coisa muito doida mesmo, não?
Dani, eu entendo perfeitamente o que vc está sentindo! Eu também jamais pensei que fosse adentrar tão profundamente na maternidade e muito menos que eu fosse capaz de amar tanto assim meu filho. É um amor que cresce tanto a cada dia que assusta! Meu marido também já me perguntou como eu consigo pensar tanto em todas essas coisas que você citou. Ele me disse que se dormisse e acordasse pensando em tudo isso ele já teria pirado! Fazer o quê, né?! É prerrogativa nossa mesmo pensar tanto neles e em tudo o que os envolve e ainda assim sobrar tempo E cérebro para pensar em tantas outras coisas! Abraços pra vc!
ResponderExcluirAi que fofa suas fotos!
ResponderExcluirSua pequena é linda...beijos!!!
fimdetarde.com
Dani ela tá muito fofa! Ola essa retrospectiva que linda.
ResponderExcluirAgora sobre o que você falou... comigo é meio ao contrário, eu não sinto falta da barriga de grávida, do parto, da amamentação... sempre quis pular essas etapas, rs. Discutir qual é o melhor parto? Quanto tempo de amamentação? Não é comigo.
Eu seria linchada pq nesses aspectos eu sou meio prática, tipo: quer parto normal beleza, quer cesária? Tudo bem! Quer parir em casa? Ok acho estranho mas o parto é seu, vá lá seja feliz, rs. Gosta de amamentar? Ótimo! Não gosta? Tudo bem, eu tbm não gostava, mas tente amamentar pelo bem do seu filho, ser mãe é deixar de ser egoísta e a minha mudança de filha para mãe começou por ai...
E não acho estranho vc falar sobre isso, afinal falamos mesmo daquilo que gostamos! rs.
E eu continuo nas minhas visitinhas da madrugada...
Bjus
Rafaelando
No facebook: https://www.facebook.com/rafaelando.wordpress
Parabéns, sua filha é linda!!!!
ResponderExcluirSuper parecida com vc. Que Deus continue abençoando vcs a cada dia mais!
Bj
Dani querida... Que tempo que passa rápido, né??? Nem acredito nos 18 meses da Laura (minha e sua...rs)
ResponderExcluirEla está linda demais!!!
Mas não se preocupe.. Toda mãe é monotemática...rs
Beijos
Carol
O blog ficou lindo, Dani!
ResponderExcluirParabéns para Laura! Mais linda do que nunca.
Beijo
Dani,
ResponderExcluirMuito obrigada pela ajuda!!
Ainda estou analisando e vendo no que vai dar, mas tem muito do psicológico nesse meio que eu preciso separar, com certeza.
Mas que mudança toda é essa?? Que lindo que ficou o blog! Adorei!
E vamo combinar, eu tbm, que antes só abria sites de fotografia, só falava de fotografia e coisas cults, "inteligentes", digamos assim, totalmente me achando a entrosada... sabe como é, né?! Hoje meu computador e minha vida gira em torno desse universo também e nem sinto tanta falta assim... A gente se adapta, né?! Pensando no melhor para nossas pequenas. E tem outra, não sei se aconteceu contigo, mas eu até aprendi a costurar!!! Sozinha, com o que lembrava que minha faz na máquina, mas estou me virando bem até, só pra fazer coisas fofas pra Raquel. Quem diria???
Beijão
Laura, minha LOUCA PAIXÃO!!! Que vc tenha sempre esse sorriso largo, esse humor e essa energia invejáveis!!! Parabéns Laurita, parabéns Mamãe e Papai!!!
ResponderExcluirbjão da vovó mais coruja do mundo!!!
Oi Dani,
ResponderExcluirque lindeza essa Laura! Parabéns!!!
Cada dia mais fofa e linda!
Beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/
Parabéns para a Laura. Já te falei o quanto ela é linda, sorridente? Linda demais!!!! Tem mesmo que ser uma mãe pra lá de apaixonada. Agora, quanto ao pensamento você já me imaginou agora como mãe de três? Estou pirando amiga, pirando para conciliar tantas tarefas, para ser uma boa mãe para os três, pois a exigência não está sendo fraca não... de todos os lados, sabe? Mas em breve escreverei mais sobre isso...quem sabe as amigas me tranquilizam... rs
ResponderExcluirBeijos
Ola! Adoro conhecer blogs novos e quando cai aqui ja me deparei com essa menininha mais linda! Olha essa carinha de sapeca! =)
ResponderExcluirE as suas palavras de amor incondicional... Eu me emociono em ler coisas assim... mesmo!
Ser mae eh uma experiencia que eu ainda não estou pronta para ter, mas quem sabe um dia?
beijocas